8 momentos mais emocionantes da Pixar



Afinal, Toy Story 4 está quase chegando e a gente não aguenta mais de ansiedade!

ATENÇÃO! Contém spoilers de: Bambi (1941); O Rei Leão (1994); Toy Story 2 (1999); Monstros S.A. (2001); Procurando Nemo (2003); Up - Altas Aventuras (2009); Divertida Mente (2015); Toy Story 3 (2010); e Viva - A Vida é Uma Festa (2017).

A Pixar é um dos estúdios de cinema mais populares da atualidade. Responsável por criar histórias que emocionam e cativam públicos das mais diversas idades, o estúdio já fez muita gente feliz, mas também fez chorar, sentir pavor, nostalgia e, até mesmo, deu outra perspectiva para a morte. Na próxima quinta-feira (20/06), Toy Story 4, o mais novo filme da companhia, estreará nos cinemas nacionais. A franquia é uma das mais bem-sucedidas da história do cinema, tanto em bilheteria quanto em crítica e premiações. As aventuras dos brinquedos do Andy e da Bonnie são um belo exemplo do quanto a Pixar sabe emocionar e encantar o público na mesma medida.

Toy Story 3 (2010), último filme lançado da franquia, foi um sucesso tão grande a ponto de concorrer ao Oscar de Melhor Filme em 2011 (em se tratando de filmes animados, apenas outros dois já haviam concorrido na mesma categoria: A Bela e a Fera, de 1991, e Up - Altas Aventuras, de 2009, do mesmo estúdio). Com cenas memoráveis que marcaram o público mais antigo das histórias dos brinquedos que ansiava por grandes momentos e não deixaram de conquistar os mais novos, Toy Story 3 é, sem sombra de dúvidas, não apenas um dos melhores filmes da Pixar, como também um dos melhores da história dos filmes animados.

Agora, cerca de nove anos depois do terceiro capítulo da saga de Woody, Buzz e cia., Toy Story 4 promete ser mais um grande momento da Pixar, que nos emocionará tanto quanto os outros títulos do estúdio.

Para aumentar ainda mais a ansiedade para a estreia do quarto capítulo de Toy Story, confira nossa lista com os oito momentos mais emocionantes da história dos estúdios Pixar:


8. Boo procura por Sully
Monstros S.A. (2001)

Boo (Mary Gibbs) é uma das personagens mais amadas e queridas da história das animações. Desde o lançamento de Monstros S.A., a garotinha humana vem conquistando corações com sua doçura e inocência. No filme, ela cria uma inusitada, porém bela, amizade com o enorme monstro azul James P. Sullivan (John Goodman) – apelidado carinhosamente por ela de “Gatinho”. Amizade esta que vai contra as principais regras de Monstrópolis (cidade onde vivem os monstros no filme), que dizem que crianças humanas são tóxicas e que, portanto, os monstros não devem se aproximar delas.

Já no final da história, depois da triste cena de despedida dos dois – quando a menina precisa retornar à sua casa no mundo dos humanos –, Boo torna a procurar por Sully na porta de seu armário (por onde os monstros costumam aparecer). Mas, ao abrir a porta, o armário está como deveria estar, sem Sully ou Monstrópolis. Tadinha.


7. Bing Bong é esquecido
Divertida Mente (2015)

Divertida Mente é uma das animações mais aclamadas da história. O filme que mostra o que se passa na cabeça de uma garota pré-adolescente (Riley, dublada originalmente por Kaitlyn Dias) é não apenas uma história emocionante para toda família, mas também uma ilustração de alguns conceitos básicos de psicologia. Todas as principais emoções de Riley (alegria, tristeza, raiva, medo e nojo) são representadas por personagens que moldam o caráter, a personalidade e as reações da garota aos mais diversos estímulos. Mas, além delas, outros conceitos abstratos da mente também são abordados, como é o caso das memórias, sonhos, amigos imaginários e esquecimento.


O lixão, onde memórias de curto prazo, letras de músicas menos importantes e números de telefones são descartados, é o temido lugar onde ninguém na mente de Riley quer parar, pois lá é onde tudo é esquecido e perdido para sempre. Infelizmente, é nesse limbo que, em meio a uma crise e com a adolescência virando a esquina, o fiel amigo imaginário da menina, Bing Bong (Richard Kind), acaba indo parar após salvar a alegria de Riley. Seu desaparecimento pode parecer pouco significativo num primeiro olhar, mas simboliza, sobretudo, o fim da inocência infantil que a menina mantinha até então, o que é suficiente para fazer muita gente chorar.


6. O incinerador
Toy Story 3 (2010)

Como dito anteriormente, algo que não falta em Toy Story 3 são cenas memoráveis. Só aqui nesta lista, o filme é representado por dois momentos emblemáticos da história dos filmes da Pixar. A cena do incinerador, logo depois que os brinquedos conseguem escapar da creche Sunnyside, dominada por um urso de pelúcia totalitário, é um desses momentos.

Em 2010, quando o filme foi lançado, a parcela do público que cresceu e não cansou de assistir Toy Story (1995) e Toy Story 2 (1999) em VHS (assim como este que vos fala), ficou aterrorizada diante de uma cena pra lá de inesperada e chocante em que os principais personagens da franquia estavam diante da morte iminente. O público mais jovem, que ainda estava sendo apresentado à história de cowboys, patrulheiros espaciais, aliens e dinossauros de brinquedo que despertam quando ninguém está por perto, ficou igualmente atônita e aflita. O incinerador certamente deu pesadelos a muita gente.


5. O abandono de Jessie
Toy Story 2 (1999)

Toy Story 2 marca a chegada de novos personagens que vêm a ser tão importantes quanto os já conhecidos à franquia. A otimista vaqueira Jessie (Joan Cusack) e seu fiel cavalo Bala no Alvo são alguns deles. Tudo continuaria bem se boneca não tivesse um passado amargo.


Num flashback de partir o coração (e acompanhado de uma das melhores canções feitas para os filmes do estúdio, "When She Loved Me"), é mostrado que Jessie (agora nas mãos de um colecionador sem escrúpulos) foi abandonada por sua antiga dona, que cresceu e passou a se interessar por outras coisas, largando-a debaixo da cama até que finalmente a deixa para doação. #PobreJessie


4. Andy dá seus brinquedos à Bonnie
Toy Story 3 (2010)

O segundo momento de Toy Story 3 selecionado para esta lista acontece justamente no final do longa. Depois de crescer brincando e aproveitando seus brinquedos como ninguém, Andy (John Morris) está prestes a ir à faculdade.

Após a terrível e angustiante (porém belíssima) cena do incinerador, os brinquedos finalmente conseguem retornar à sua casa. Por uma coincidência, todos, menos o xerife Woody (Tom Hanks) e o patrulheiro espacial Buzz Lightyear (Tim Allen), acabam parando numa caixa que vai para doação. Este é o momento em que Andy decide que é hora de se despedir dos seus brinquedos. Ele adiciona Buzz à caixa e escolhe Woody para continuar consigo.

Antes de ir embora, o rapaz faz uma parada na casa da garotinha Bonnie (Emily Hahn), onde deixará seus brinquedos. Ele os apresenta um por um à menina, até perceber que Woody está no fundo da caixa e, apesar de resistir um pouco, aceita o momento de despedida e deixa todos os seus brinquedos-companheiros para trás. A cena é uma das mais agridoces (felizes-pero-un-tanto-tristes) das animações do estúdio, e é com certeza uma das mais (se não a mais) memorável delas.


3. Coral e suas ovas são devoradas por uma barracuda / Nemo é batizado
Procurando Nemo (2003)

Se Bambi (1942) e O Rei Leão (1994), ambos dos estúdios Disney, chocaram ao mostrar a morte da mãe e do pai, respectivamente, dos protagonistas das histórias, Procurando Nemo não fica atrás. Logo nos minutos iniciais do filme e inesperadamente, vemos Coral (Elizabeth Perkins), mãe do personagem título, ser devorada por uma barracuda. O feroz peixe, inclusive, não satisfeito, devora também quase todas as ovas da peixinha. Tudo logo depois de vermos ela e seu companheiro, Marlin (Albert Brooks), discutirem a respeito dos nomes que dariam a seus filhotes. No fim, apenas Marlin e um dos filhotes sobrevivem. O pai, então, dá o nome que Coral havia dito que gostava pouco antes de morrer: Nemo. Fofo, porém, fúnebre.


2. Os sonhos frustrados de uma vida comum, com Carl e Ellie
Up - Altas Aventuras (2009)

Up - Altas Aventuras é um dos filmes mais conhecidos e prestigiados dos estúdios Pixar, tendo, inclusive, concorrido ao Oscar de Melhor Filme em 2010, conforme mencionado anteriormente. O seguimento de abertura do filme (também embalado por uma belíssima canção, diga-se de passagem, "Married Life"), talvez, é tão conhecido quanto a cena do incinerador de Toy Story 3. Nele, vemos Carl Fredricksen (Jeremy Leary, criança; Ed Asner, adulto) conhecendo Ellie (Elizabeth Docter, criança; quando adulta, a personagem não tem falas) e, depois, se apaixonando e vivendo uma vida inteira junto dela, até os dois envelhecerem e... ela morrer.


Em menos de 12min, vemos a vida de muita gente representada numa animação que, para os leigos e preconceituosos, deveria ser boba e infantil. O doce relacionamento de Carl e Ellie é mostrado nessa linda e sensível sequência de modo a causar certa nostalgia no público adulto, que reconhece etapas de suas vidas no seguimento e se compadece pela perda de Carl. Já o público infantil, apesar de não ser bobo e não deixar passar a bela mensagem do início do filme, provavelmente sente mais conexão com o restante da história e com o pequeno escoteiro Russell (Jordan Nagai), que serve de companhia para o já então velho rabugento e calejado pela vida, Carl.


1. Miguel canta para Mamá Coco
Viva - A Vida é Uma Festa (2017)

Viva - A Vida é Uma Festa, apesar do nome, é uma festa de morte, mas no melhor sentido da coisa (e sim, o filme prova que há maneiras melhores de tratar o assunto do que com o tradicional choro e vela ocidental). Inspirado pela tradicionalíssima festa do Dia dos Mortos, celebrado no México em todo dia 2 de novembro, o filme é, além de necessário politicamente para o momento que os mexicanos enfrentam, uma ode à riquíssima cultura do país.

No filme, Miguel (Anthony Gonzalez), é um garoto que sonha em ser músico. Em sua família, porém, a música é proibida por conta de acontecimentos do passado. Num momento “y soy rebelde”, em meio à grande fiesta, o garoto invade o mausoléu do seu ídolo, Ernesto de la Cruz (Benjamin Bratt), e toca o violão exposto em cima do túmulo. É a partir daí que a história se desenrola.

O menino vai ao mundo dos mortos e encontra seus antepassados. Lá, ele aprende que é fundamental para a continuação da existência dos espíritos que os vivos continuem a se lembrar deles, para que não desapareçam para todo sempre. Um desses espíritos é justamente o de seu trisavô, Héctor Rivera (Gael García Bernal), cujo a família sempre acreditou que os tivesse abandonado para seguir com a carreira de músico (daí o ódio pela música).


Em meio a perseguições, cenas divertidíssimas com Dante, o cachorro de Miguel, e cenários supercoloridos, uma grande reviravolta: Héctor, na verdade, nunca quis abandonar sua família, o que aconteceu foi que no meio de uma turnê que estava fazendo com Ernesto, o ídolo mexicano envenenou e matou o patriarca dos Rivera, deixando assim sua esposa, Imelda (Alanna Ubach), e sua filha ainda pequena, Socorro (ou Coco, como é chamada pelos parentes, dublada por Libertad García Fonzi, enquanto criança, e Ana Ofelia Murguía, já na fase adulta).

Ao voltar para o mundo dos vivos e depois de descobrir toda verdade, Miguel corre até sua abuelita Coco, que já está muito debilitada por conta da idade, e canta a mesma canção que seu pai, Héctor, cantava para ela antes de sair em turnês: “Remember Me” (“Recuérdame”, na versão em espanhol; Lembre de Mim, em português). A canção, assim como as outras já mencionadas nesta lista, é uma das mais lindas dos filmes da Pixar (na opinião deste, a mais bela de todas), e ganhou, inclusive, o Oscar de Melhor Canção Original em 2018. A cena em que Miguel canta para Mamá Coco (ou Mamá Inês, como ficou no Brasil) é pra lá de emocionante e profunda. Difícil conter as lágrimas.


Texto por Bruno Carvalho

Trailer de Toy Story 4:

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