Good Girls - Impressões da 3ª temporada

Agora em julho a Netflix lançou a 3ª temporada de Good Girls, uma série de comédia baseada na vida de três pacatas donas de casa (Beth, Annie e Ruby), que se envolveram com roubo e lavagem de dinheiro, para ajudarem suas famílias a saírem do sufoco.

Na primeira e segunda temporada elas se envolvem com um grande bandido, o Rio, que comanda todo o esquema de lavagem de dinheiro na região. Reféns da maldade e inteligência do rapaz, ela são forçadas a se envolverem com produtos ilegais, sequestro, drogas e ocultação de cadáver.

No final da 2ª temporada elas estão cansadas desse “esquema” e Beth tem a oportunidade de matar o Rio. O que ela tenta fazer dando 3 tiros nele para salvar um policial. Achando que elas se livraram desse peso na vida, elas voltam a viver de forma tranquila, com empregos simples que ganham muito pouco. 

Só que o “espírito aventureiro” continua nelas e as três começam a tentar fabricar seu próprio dinheiro falso. E as técnicas são as mais malucas, como a reutilização de papel oficial - ou seja dinheiro reciclável - tinta tonalizante, esmalte para dar brilho e eu forma personalizada que reproduz as notas de 10 dólares. Depois de encontrar a fórmula perfeita, elas tem que se envolver com criminosos para garantir que o dinheiro seja lavado com segurança - ou pelo menos elas não fiquem vinculadas a ele. 


Tudo vai relativamente bem até elas descobrirem que o Rio está vivo e busca vingança. É nesse momento que elas voltam aos mesmos hábitos de só fazer o que o Rio quer, tendo que compartilhar os segredos do novo negócio e dividir os lucros com ele. 


Nesse momento a série entra um constante looping.


Eu tive a sensação de estar vendo as temporadas anteriores de novo, pois as três não conseguem sair desse círculo vicioso e abusador e também não conseguem se impor diante do Rio. Aí as coisas só se repetem: um inocente morre, a Beth compra outro negócio para o marido administrar e lavar dinheiro, a Annie se apaixona em segundos por outro cara, elas roubam muitos lugares - esmalterias, loja de conveniência, casa de shows - e alguém leva um tiro, tudo que a gente está acostumado.


Outra característica marcante nessa temporada foi a constante busca por remissão. As três sempre estão se sentindo culpadas e querem fazer algo bom, mas não conseguem se desfazer do passado e isso começa a influenciar seus ambientes familiares - a filha da Ruby começa a roubar, a Annie começa a frequentar o terapeuta e a Beth tem problemas com a sogra e com o marido.


A solução que elas encontram é contratar um matador de aluguel para acabar com o Rio, o que na minha opinião é um total perda de tempo, esforços e dinheiro. E, novamente, temos a polícia atrás delas, só que dessa vez o crime envolve falsificação de dinheiro.


Na somatória dos fatos, a série seguiu por um caminho que não favoreceu a história, se estendeu mais do que precisava e perdeu o foco fazendo com que a narrativa ficasse cansativa.


Muitas perguntas ficaram em aberto para a parte 4, que já está confirmada, mas ainda não tem data de lançamento.


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