The Handmaid’s Tale está de volta com revolução decretada


 *Contem Spoiler!

A Hulu surpreendeu os telespectadores e liberou três episódios de The Handmaid’s Tale na última quarta-feira (05). A séria estreia no Brasil no dia 15 de junho no streaming da Paramount+. 

Depois de todos os momentos de terror e tortura da segunda temporada, as mulheres que ficaram para trás em Gilead abraçaram a resistência. June conseguiu libertar Emily e a recém-nascida Nichole, mas ficou com o propósito de resgatar sua filha mais velha, no entanto, ela está prestes a liderar a verdadeira resistência.  

Um dos dons de June é o de convencimento, ela lutou firme para sobreviver durante essas duas temporadas, dominou homens influentes, como o Comandante Waterford e Nick, mas sua missão mais difícil foi desconstruir os princípios de Serena, a fiel esposa a qual defendia com unhas e dentes Gilead e o marido.


  
Serena cedeu depois de tanta insistência e tortura, ela doou seu tempo, forças e discurso para que seu marido finalmente conseguisse dar o golpe com os outros e instalar Gilead nos EUA, o problema é que ela ficou sem nenhum pedaço, foi reduzida a esposa e obrigada a não pensar e nem interferir nas decisões que cabem apenas aos homens. Toda essa submissão a corroeu, a mulher que antes fora livre simplesmente cansou de ficar enjaulada e June trabalhou bem durante todas essas temporadas para libertar a aliada forte que ela tanto queria. 

Os primeiros capítulos se dividiram entre a chegada de Emily no Canadá e o caos que precisava ser controlado em Gilead. Luke teve que aceitar Nichole, a filha de June e aprender a lidar com a tarefa que lhe foi dada, em contra partida, Serena ficou fora do sistema nos três primeiros capítulos, lidando com seus próprios demônios enquanto colocava fogo em sua casa e história.  



Todo o sofrimento psicológico e físico da segunda temporada contribuiu para formar June e Serena em mulheres mais fortes e em contribuintes da resistência. June abriu mão de muitas coisas e agora pretende usar todas as oportunidades que surgir para contribuir com as “rebeldes” e liderar as outras mulheres. Seu novo posto como Ofjoseph poderá lhe oferecer boas oportunidades como também instabilidade, já que seu novo comandante, aparentemente, gosta de brincar com psicológico das mulheres e testa-las.  

O ator Max Minghella, que dá vida ao Nick, disse para a Folha de S. Paulo que essa temporada “é muito mais esperançosa, é uma história de revolução” e o produtor executivo Warren Littlefield acrescentou que o púbico precisa de realização e consumação e que espera chegar ao fim da temporada com a audiência satisfeita com o resultado, já que o mesmo não aconteceu com a segunda temporada, devido ao final.   

Não podemos negar que o sofrimento foi se intensificando a cada episódio e June parecia caminhar em um labirinto de dor em que nunca encontraria a saída. Esse não é bem o tipo de enredo que estamos acostumados, um em que a heroína quase não tem vitórias, mas na realidade distópica criada pela autora Margaret Atwood, é quase impossível sair ileso do autoritarismo religioso que não deixa ninguém se rebelar sem ser torturado. O cenário foi construído aos poucos e todas as derrotas transformaram June em uma personagem astuta e inteligente, pronta para lutar pela sua liberdade.  

Depois de todos os claros sinais, Serena parece pronta para fazer algo e mudar o cenário, a relação dela com Fred ainda está instável, mas depois de sua breve conversa com June, ela parece pronta para usar a posição do marido e tentar com mais força.  

Com o final do terceiro capitulo e o discurso de June, entendemos o propósito dela nos próximos capítulos, controlar os homens, deixar que eles se sintam poderosos e agir quando for o momento. De uma coisa podemos ter certeza, essa terceira temporada se concentrar na força de cada uma e na resistência de toda.  

Os cenários conhecidos passam por uma mudança já que parte dessa temporada foi gravada em Washington, diferente das anteriores que eram em Massachusetts. Alguns monumentos em homenagem a ex-líderes americanos aparecem com alterações, como por exemplo o de George Washington que foi transformado em uma cruz.  



A série também trará algumas guerras territoriais, dando sinais de que outros países, além do Canadá que abriga os refugiados, estão tentando intervir e aparentemente estão prestes a conquistar Chicago. A revolução está chegando em Gileade, tanto das mulheres de dentro, como dos sobreviventes de fora, será que os Comandantes vão conseguir resistir?  



Assim como a Hulu, a Paramount+ também liberará os três primeiros capítulos no dia 15 aqui no Brasil.  
June já deu o seu recado no primeiro episódio, “Burnmotherfuckerburn”. Esse novo exército de mulheres vai colocar fogo nessa terceira temporada, “YOU GO GIRLS!”. 

Trailer:



*Texto escrito por Ana Caroline Moraes 

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